Por trás do semblante tranquilo de uma jovem universitária, escondia-se um plano frio e calculado. O que parecia ser mais um crime comum no Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, revelou um dos casos mais chocantes do ano — um parricídio motivado por ganância e marcado pela traição dentro do próprio lar.
Na madrugada de 20 de junho, Ayres Botrel, de 60 anos, foi encontrado morto em sua casa enquanto dormia.
Estudante de psicologia e descrita por conhecidos como uma jovem reservada e estudiosa, Amanda surpreendeu a todos quando, seis dias após o crime, foi detida sob acusação de ser a autora intelectual do assassinato.
O que se revelou em seguida deixou até mesmo os investigadores mais experientes em silêncio. Amanda confessou: ela havia planejado tudo.
A motivação? Herança. Dois milhões de reais.
Segundo informações da Polícia Civil, a jovem desejava antecipar a posse dos bens do pai e, para isso, elaborou um plano meticuloso. Embora ainda não se saiba quem foram os executores do crime, Amanda é apontada como a mente por trás da operação, tendo encomendado a morte do próprio pai com frieza e cálculo.
A investigação, que avança rapidamente, agora busca identificar os envolvidos diretamente na execução do crime. Há indícios de que Amanda tenha contratado terceiros para realizar o homicídio.
A prisão da jovem, que cursava psicologia e estudava o comportamento humano, trouxe ainda mais perplexidade à opinião pública.
Como uma pessoa que dedica seus dias a entender a mente alheia pode ser capaz de arquitetar algo tão brutal? Teria Amanda usado seus conhecimentos acadêmicos para manipular a situação ao seu favor?
Fontes ligadas à investigação apontam que Amanda agiu com extrema cautela: não deixou vestígios físicos, tentou mascarar o luto e colaborou com a polícia nos primeiros dias — uma tentativa de despistar suspeitas.
A comunidade onde a família vivia ainda tenta compreender os desdobramentos do caso. Vizinhos relatam que pai e filha tinham uma relação aparentemente normal, embora alguns mencionem que Amanda evitava contato social e demonstrava certa impaciência com o pai em situações públicas.
O crime de parricídio é raro, mas carrega consigo um peso simbólico devastador.
Com Amanda presa preventivamente, a investigação segue em sigilo parcial. A polícia trabalha com a hipótese de que outras pessoas estiveram envolvidas e não descarta a possibilidade de novos mandados de prisão nos próximos dias.
Enquanto o caso se desenrola, uma pergunta paira no ar: o que leva uma jovem promissora a cruzar a linha da moralidade e cometer um dos crimes mais antigos e repugnantes da história da humanidade?
A resposta, talvez, esteja nas páginas sombrias da ambição humana — ou na frieza de quem, mesmo tão jovem, perdeu o senso de empatia e decidiu que a vida de um pai valia menos que uma conta bancária cheia.