O Brasil se prepara para se despedir de uma das figuras mais carismáticas e intensas da música e da televisão. Preta Gil, que faleceu no último domingo (20), aos 50 anos, será velada nesta sexta-feira (25), no imponente Theatro Municipal do Rio de Janeiro, entre 9h e 13h. A cerimônia será aberta ao público, permitindo que fãs e admiradores prestem sua última homenagem a uma artista que, ao longo de décadas, deixou uma marca indelével na cultura nacional.
A ausência da festa nas ruas contrasta com o espírito da cantora, mas, mesmo assim, a comoção nacional deve transformar a despedida em um evento memorável.
Uma batalha corajosa
Preta Gil travava uma dura luta contra um câncer colorretal desde 2023. Ao longo do último ano, a cantora compartilhou com seus seguidores cada etapa do tratamento, sempre com transparência, otimismo e uma coragem admirável.
Infelizmente, a doença avançou rapidamente. Nos últimos dias de vida, Preta estava em Nova Iorque, onde tentava uma última alternativa: um tratamento experimental, cercado de esperanças, mas que exigia extrema dedicação física e emocional.
Ela ainda manifestou o desejo de retornar ao Brasil, com apoio médico, em uma UTI aérea.
Queria estar em casa, junto do seu povo, para o adeus. No entanto, seu corpo não resistiu.
Um legado que vai além da música
Filha de ninguém menos que Gilberto Gil, Preta sempre soube que seu sobrenome carregava peso. Mas ao longo da vida, ela fez questão de construir seu próprio caminho, suas próprias lutas, seus próprios palcos. Foi símbolo de empoderamento feminino, liberdade de expressão, combate à gordofobia e à intolerância.
Seu último post no Instagram, feito sete dias antes da morte, viralizou nas redes.
Uma cena que contrasta fortemente com o desfecho da sua história, mas que também representa a essência de Preta: leve, alto-astral, mesmo diante das maiores adversidades.
Luto nacional
A notícia da morte de Preta Gil comoveu o país. Celebridades, fãs, políticos e anônimos usaram as redes sociais para prestar homenagens. Milhares de mensagens destacavam não apenas sua carreira artística, mas sua força enquanto mulher, mãe, amiga e inspiração.
A última cortina
Nesta sexta-feira, o Theatro Municipal do Rio não receberá uma apresentação comum. Não haverá aplausos após o fim de uma canção.
Preta Gil não terá o cortejo carnavalesco que tanto sonhou — mas seu legado continuará pulsando em cada bloco, cada show e cada pessoa que teve o privilégio de sentir sua energia.
Uma estrela que não se apaga, apenas muda de palco.