Após dias de rumores nas redes sociais e em alguns veículos de imprensa, o caso de Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, voltou a ser destaque nesta segunda-feira, 6 de outubro, após as autoridades se manifestarem oficialmente. Preso desde julho, o ex-jogador de basquete é acusado de agredir brutalmente a ex-namorada, Juliana Garcia, com 61 socos dentro de um elevador em Natal, no Rio Grande do Norte — um crime que gerou forte comoção nacional.
Nos últimos dias, começaram a circular boatos de que Igor teria sido alvo de retaliações dentro da unidade prisional onde se encontra. As informações, publicadas inicialmente pelos portais A Fonte e Jornal de Brasília, afirmavam que o ex-atleta havia sido espancado e até violentado sexualmente por outros detentos, em resposta à brutalidade das agressões cometidas contra a ex-companheira.
Diante da repercussão e das dúvidas levantadas nas redes, a Secretaria de Administração Penitenciária divulgou uma nota oficial negando qualquer tipo de violência sofrida pelo acusado dentro da prisão. “Não procede a informação de que o custodiado tenha sofrido qualquer tipo de agressão física ou sexual na unidade prisional”, afirmou o órgão. A secretaria reforçou ainda que todos os presos passam por rotinas de monitoramento e inspeção médica, e que qualquer ocorrência interna seria devidamente registrada e comunicada às autoridades competentes.
Os rumores, de acordo com a investigação preliminar, teriam surgido de supostos relatos atribuídos a agentes penitenciários, mas nenhuma dessas declarações foi confirmada oficialmente. O caso reacendeu o debate sobre a difusão de informações falsas envolvendo crimes de grande repercussão e a necessidade de verificar fontes antes de compartilhar conteúdos sensíveis nas redes sociais.
A família de Igor Cabral também se manifestou, negando as supostas agressões e pedindo respeito à privacidade do preso. Por meio de um breve comunicado enviado à imprensa, os parentes afirmaram que o ex-jogador está bem e que não pretendem fornecer mais detalhes sobre sua situação no sistema prisional.
Preso preventivamente desde julho, Igor aguarda o andamento do processo judicial que o acusa de tentativa de feminicídio. As imagens de câmeras de segurança que registraram a sequência de 61 socos desferidos contra Juliana foram amplamente divulgadas e provocaram indignação em todo o país. No vídeo, é possível ver a vítima tentando se defender, enquanto o agressor mantém os ataques por vários segundos.
Juliana Garcia, de 35 anos, sofreu múltiplas fraturas no rosto e precisou passar por cirurgias de reconstrução facial. Desde então, ela vem recebendo apoio de amigos, familiares e movimentos de defesa das mulheres. O caso é acompanhado de perto pela opinião pública e segue em tramitação na Justiça do Rio Grande do Norte.
A secretaria reafirmou que continuará garantindo a integridade física do detento e colaborando com o Poder Judiciário. “Todas as medidas de segurança estão sendo observadas”, concluiu o comunicado.