Internado com uma pneumonia bilateral, o papa Francisco apresentou mais uma leve melhora em seu estado de saúde, segundo comunicado oficial do Vaticano nesta quarta-feira (26). Apesar do avanço positivo, sua recuperação ainda exige cuidados, e ele segue sob observação médica.
O pontífice, que já precisou tratar um problema renal durante essa internação, está passando sua 13ª noite no hospital Gemelli, em Roma — o período mais longo que passou internado desde o início de seu pontificado, há quase 12 anos. A situação ainda inspira precaução, mas o Vaticano destacou que ele continua sem crises respiratórias, o que é um indicativo de estabilização do quadro.
Estado de saúde e prognóstico
Na terça-feira (25), o Vaticano já havia informado que, embora Francisco permanecesse em estado crítico, ele estava estável. Uma fonte ligada à Santa Sé chegou a afirmar à CNN que o papa não está acamado e consegue ficar de pé, o que sugere uma condição um pouco mais favorável do que o esperado.
Apesar dessas atualizações, o prognóstico de Francisco ainda é tratado com muita cautela. O Vaticano preferiu não fazer previsões sobre quando ele poderá receber alta, mas garantiu que seus parâmetros hemodinâmicos — que avaliam a circulação sanguínea e o funcionamento do sistema cardiovascular — estão dentro do esperado.
Aos 87 anos, o papa tem um histórico de saúde que inspira atenção. Nos últimos dois anos, ele enfrentou diversos desafios médicos, incluindo internações e cirurgias. Além disso, ele já teve infecções pulmonares no passado, o que o torna mais vulnerável a complicações respiratórias. Quando era jovem, sofreu de pleurisia e precisou remover parte de um pulmão — um fator que pode influenciar sua recuperação atual.
A rotina no hospital e o impacto no Vaticano
Mesmo internado, Francisco tenta manter uma rotina ativa dentro do possível. Ele já demonstrou outras vezes sua resistência física e sua disposição em seguir com suas obrigações, mesmo em meio a problemas de saúde. Relatos indicam que ele tem se comunicado com assessores próximos e acompanhado assuntos da Igreja.
No entanto, sua ausência no Vaticano gera preocupação. Como líder da Igreja Católica, Francisco tem compromissos constantes, e sua internação prolongada já obrigou a reorganização de sua agenda. Algumas audiências foram adiadas, enquanto outras estão sendo conduzidas por cardeais e representantes da Santa Sé.
Os fiéis também seguem atentos às atualizações sobre sua recuperação. Em diversas partes do mundo, missas e orações têm sido realizadas pedindo por sua melhora. No domingo passado, por exemplo, a Praça de São Pedro, no Vaticano, ficou repleta de fiéis que rezavam pelo papa durante o tradicional Angelus, conduzido excepcionalmente por um dos cardeais de confiança de Francisco.
A saúde do papa e o futuro do pontificado
A cada novo problema de saúde do papa Francisco, surgem discussões sobre a possibilidade de renúncia. Embora ele já tenha dito que não descarta essa opção caso sua condição física o impeça de exercer suas funções, o pontífice tem se mostrado resistente à ideia de deixar o cargo.
Nos últimos anos, ele comentou diversas vezes que a renúncia de Bento XVI abriu um precedente, mas que cada caso deve ser analisado individualmente. Recentemente, em entrevistas, ele destacou que ainda sente que tem condições de liderar a Igreja e que tomaria uma decisão apenas se percebesse que não consegue mais desempenhar suas responsabilidades.
Enquanto isso, o Vaticano segue monitorando sua recuperação, sem fazer projeções sobre mudanças na liderança da Igreja. O momento agora é de paciência e acompanhamento médico, enquanto o mundo católico espera que Francisco volte em breve às suas atividades normais.
Conclusão
A internação prolongada do papa Francisco é um lembrete de que sua saúde merece atenção, especialmente considerando sua idade e histórico médico. No entanto, a melhora progressiva e a ausência de crises respiratórias indicam que ele está respondendo bem ao tratamento.
Por ora, o Vaticano mantém um discurso cauteloso, evitando previsões sobre sua alta. Enquanto isso, o mundo segue acompanhando de perto sua recuperação, torcendo para que ele volte logo às suas funções e siga liderando a Igreja com a energia e a dedicação que sempre demonstrou.