Ottawa, Canadá – Em um cenário internacional cada vez mais carregado de tensão, uma voz ecoa com intensidade nos bastidores diplomáticos: a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em declaração surpreendente e marcada por um tom emocional, Lula se manifestou nesta segunda-feira (16) sobre o agravamento do conflito entre Irã e Israel, um tema que tem colocado o mundo em alerta máximo.
Durante sua visita oficial ao Canadá para a cúpula do G7, Lula não hesitou em demonstrar sua inquietação diante do avanço do confronto, que nas últimas semanas ganhou novos contornos, ameaçando desestabilizar ainda mais a já frágil ordem mundial. Mas o que chamou a atenção foi a forma como ele escolheu se posicionar: com firmeza, mas também com uma dose de humanidade pouco comum em discursos políticos.
“Qualquer conflito me preocupa. Sou um homem que nasci para a paz”, declarou Lula, com o semblante visivelmente abalado. A frase, simples à primeira vista, carregava o peso de um líder que atravessou tempos de guerra, reconciliação e reconstrução em diferentes partes do planeta.
O grito de alerta em meio à diplomacia silenciosa
Ele questionou o uso de recursos bilionários para fins bélicos, justamente quando o planeta enfrenta uma encruzilhada histórica: a necessidade urgente de financiar a transição energética, conter as mudanças climáticas e erradicar a pobreza.
Não foi apenas uma crítica; foi um apelo. Um pedido — ou talvez um ultimato — para que os líderes globais reconsiderem suas prioridades.
O timing da fala também é estratégico: feita às vésperas de debates cruciais durante o G7, ela pode influenciar posicionamentos-chave na diplomacia internacional.
Lula entre gigantes: o papel do Brasil como mediador global
Apesar de o Brasil não estar diretamente envolvido nos conflitos do Oriente Médio, a postura de Lula reacende um papel que o país busca há décadas: o de mediador neutro em disputas internacionais.
Mas o cenário agora é mais volátil. De um lado, Israel reforça sua defesa e intensifica ataques em retaliação.
“Não se trata apenas de política externa, trata-se de humanidade”, disse uma fonte do Itamaraty sob anonimato, revelando que o discurso de Lula teria sido cuidadosamente pensado para enviar uma mensagem clara aos membros do G7: o Brasil quer ser ouvido — e tem algo a dizer.
A guerra que ameaça silenciar outras lutas
Ao chamar atenção para os custos dos conflitos, Lula traz à tona um ponto crítico: enquanto nações canalizam bilhões para armamentos, programas sociais são cortados, iniciativas ambientais travam e crises humanitárias se multiplicam.
“Imagine quantas escolas, hospitais ou painéis solares poderiam ser construídos com o dinheiro gasto em apenas um dia de guerra?”, questionou Lula, provocando um silêncio constrangedor entre jornalistas e diplomatas presentes.
É uma reflexão incômoda, mas necessária. Com o mundo enfrentando uma multiplicidade de crises — sanitárias, climáticas, econômicas — o retorno à lógica da guerra parece não apenas antiquado, mas suicida.
Expectativa para o G7: haverá eco às palavras de Lula?
A presença de Lula no G7, ao lado de líderes das maiores economias do mundo, promete desdobramentos relevantes.
Fontes diplomáticas indicam que Lula deve reforçar sua posição durante os debates fechados, propondo alternativas concretas para a mediação entre as partes em conflito.
O Brasil, embora geograficamente distante do Oriente Médio, tenta ocupar um espaço de protagonismo moral em um mundo dividido entre superpotências.
E talvez essa seja a mensagem mais poderosa que Lula quis deixar em solo canadense: em tempos de guerra, manter a paz é um ato de coragem.