Caso Beatriz: Pai da bebê m0rt4 pela mãe, deixa todos em choque ao revelar que ela fa…Veja mais

O desespero de um pai, a dor de uma perda e os sinais ignorados de uma tragédia anunciada

Um crime que chocou Alagoas e comoveu o país. Ana Beatriz, uma bebê de apenas 15 dias de vida, teve a vida interrompida de forma brutal pela própria mãe, Eduarda Silva de Oliveira, em Novo Lino, no interior do estado.

O caso veio à tona após a suposta denúncia de um sequestro, mas o desfecho revelou algo ainda mais devastador.

O pai da criança, o trabalhador rural Jaelson da Silva Souza, deu um depoimento comovente à imprensa logo após liberar o corpo da filha para o sepultamento.

Ainda em estado de choque, ele relatou como foi enganado pelas versões contraditórias da companheira e como a tragédia desabou sobre sua família.

Do alívio à dor: a falsa esperança de um sequestro

Jaelson estava em São Paulo, onde trabalha em uma usina, quando recebeu a notícia de que sua filha recém-nascida teria sido sequestrada.

Em meio ao desespero, seu chefe custeou imediatamente uma passagem para que ele retornasse a Alagoas na esperança de reencontrar a filha com vida.

 

Durante os primeiros dias, ele acreditou na história contada pela esposa. “Acreditei até a quinta versão. Depois disso, comecei a desconfiar”, relatou.

A cada novo depoimento prestado por Eduarda, os detalhes se tornavam mais contraditórios, levantando suspeitas tanto na família quanto na polícia.

Confissão sob pressão: a verdade vem à tona

A reviravolta no caso aconteceu após Eduarda mudar seu depoimento diversas vezes. Pressionada pelos investigadores, ela acabou confessando o crime e revelou o local onde havia escondido o corpo da bebê: dentro de um armário na própria casa da família, enrolado em um saco plástico.

Jaelson contou que estava ao lado da esposa no momento da confissão. “Não aguentei. Saí chorando, não consegui nem olhar para ela. Foi como se o chão tivesse desaparecido”, disse.

“Ela teve um surto”: pai acredita que crime não foi premeditado

Mesmo diante da tragédia, Jaelson evita apontar a companheira como alguém cruel.

Para ele, Eduarda teve um colapso psicológico. “Eu creio que ela não estava em si para fazer um ato desse. Digo e garanto: não era ela, não. Acredito que foi um surto”, afirmou.

O casal vivia junto há dez anos, sendo quatro anos de namoro e seis de casamento. Segundo ele, nunca houve histórico de violência doméstica.

A relação era considerada estável, e Eduarda chegou a acompanhá-lo em temporadas de trabalho em São Paulo. Após a gravidez, a expectativa era de que ela retornasse com a bebê para a capital paulista.

 

Sinais silenciosos: ansiedade e crises emocionais

Apesar do relacionamento aparentemente tranquilo, Jaelson revelou que a esposa sofria de crises de ansiedade, principalmente quando ele demorava para voltar para casa após o trabalho.

Ele destacou que, mesmo assim, Eduarda sempre se mostrou uma mãe dedicada ao filho mais velho, de 5 anos.

Durante a gestação de Ana Beatriz, segundo Jaelson, ela parecia feliz. Não havia, segundo ele, nenhum indício claro de que ela estaria passando por um processo depressivo mais grave.

Agora, as autoridades investigam se transtornos mentais não diagnosticados podem ter influenciado o crime. A hipótese de psicose pós-parto ou depressão severa está sendo considerada por especialistas e será parte importante do inquérito.

Crime bárbaro: bebê foi asfixiada com um travesseiro

O laudo da perícia confirmou que Ana Beatriz foi morta por asfixia. O crime ocorreu dentro da residência da família. Após o homicídio, Eduarda escondeu o corpo da filha em um armário, envolvido em uma bolsa plástica, na tentativa de acobertar o ato.

Eduarda Silva de Oliveira foi presa preventivamente e está à disposição da Justiça.

Ela deverá responder por homicídio qualificado. O processo judicial deverá considerar a possibilidade de transtorno mental, o que poderá influenciar na definição da pena.

Recomeço entre a dor e o luto

Hoje, Jaelson tenta encontrar forças para continuar. De volta a São Paulo, ele luta para cuidar do filho mais velho e reconstruir a vida longe de Alagoas, onde tudo desmoronou.

“É difícil, mas preciso seguir por ele. Só peço justiça pela minha filha.”

nquanto a justiça segue seu curso, fica o alerta para os sinais silenciosos de sofrimento mental que, quando ignorados, podem culminar em tragédias irreversíveis. A dor de Jaelson se transforma agora em apelo por mais atenção, escuta e apoio às mães no período do pós-parto.