Camila Lisboa, de 34 anos, mãe de três filhos e profissional da saúde, foi encontrada sem vida na varanda de sua residência. O principal suspeito, seu companheiro, desapareceu após o crime.
O silêncio que grita por justiça
O município de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, amanheceu mergulhado em comoção após a trágica notícia da morte de Camila Lisboa.
Relacionamento conturbado
Segundo amigos e familiares, Camila estava em um relacionamento há cerca de nove meses com Sidnei — homem que, até o momento, encontra-se foragido. A relação, de acordo com testemunhas próximas ao casal, já não ia bem há algum tempo e era marcada por discussões constantes.
A suspeita de que Camila vinha sendo vítima de abusos emocionais e psicológicos é reforçada por mensagens enviadas por ela a amigos próximos.
A dor de quem fica
A morte precoce de Camila deixou não apenas um vazio irreparável na família, mas também o desespero de três filhos, agora órfãos de mãe.
A fuga do principal suspeito
Após a morte de Camila, Sidnei desapareceu. Não atendeu mais ligações, não foi localizado por familiares e deixou de comparecer ao trabalho. Para a polícia, a fuga aumenta as suspeitas de envolvimento direto no crime. Buscas estão sendo realizadas na tentativa de localizá-lo, enquanto o inquérito policial avança.
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do município acompanha o caso, que está sendo tratado como possível feminicídio — crime que tem crescido de forma alarmante no país e que, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, vitimou mais de 1.400 mulheres apenas em 2023.
Entenda os principais pontos do caso:
Local do crime: Varanda de sua casa, em Itaquaquecetuba (SP).
Suspeito: Sidnei, companheiro de Camila, com quem se relacionava há 9 meses.
Situação atual: Sidnei está desaparecido desde o dia do crime.
Pedido de socorro: Camila enviou mensagem a um amigo pedindo que acionasse a polícia.
Reação pública: Comoção, protestos e exigência de justiça por parte da comunidade.
Investigação: Polícia trabalha com a hipótese de feminicídio.
Violência doméstica: um problema estrutural
Casos como o de Camila reforçam a triste realidade de muitas mulheres brasileiras que vivem relacionamentos abusivos e não encontram apoio a tempo.
Especialistas alertam que o Brasil precisa avançar não apenas nas penas aplicadas aos agressores, mas também na prevenção e no acolhimento das vítimas.
Justiça e memória
Familiares de Camila prometem não descansar enquanto o caso não for solucionado. O apelo por justiça ecoa em cada canto da cidade, nas redes sociais e em grupos de apoio.
O rosto sorridente da enfermeira agora estampa cartazes com os dizeres: “Por Camila. Por todas”.
Se você estiver em situação de violência, denuncie
A Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência funciona 24 horas por dia, inclusive nos feriados, e pode ser acessada pelo número
Camila não é só mais um número. É um nome, uma história, uma mãe. Que a sua morte não seja em vão — e que a justiça prevaleça.