A Polícia Civil segue investigando o caso do cavalo que teve as patas decepadas com um facão no último fim de semana, em Bananal, no interior de São Paulo. O animal morreu em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas e, desde então, o episódio vem gerando enorme comoção em todo o país, mobilizando autoridades, ativistas e a opinião pública.
A resposta para essa dúvida será fundamental para definir a responsabilidade criminal do tutor do animal.
Na terça-feira, 19, o delegado Rubens Luiz Fonseca Melo, responsável pelo caso, concedeu detalhes sobre as investigações, que têm como principal alvo o tutor do cavalo, Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos.
Contudo, a polícia trabalha com a suspeita de que a mutilação possa ter ocorrido enquanto o cavalo ainda estava vivo. “A gente está tentando descobrir se os ferimentos realmente foram causados após ou antes da morte do animal. Todavia os maus-tratos já estão aí porque, se o animal morreu de cansaço, já houve maus-tratos.
Mas é importante saber se ele já estava morto ou não”, destacou Melo.
Segundo estimativas da Polícia Civil, o cavalo percorreu quase 14 quilômetros em um trajeto íngreme, com muitas subidas, durante a cavalgada que antecedeu a morte e a mutilação. O esforço extremo pode ter levado o animal ao esgotamento, caracterizando crueldade mesmo antes do ato final de violência.
Ainda de acordo com a investigação, após a mutilação, Andrey contou que recebeu ajuda de um amigo da família para retirar o corpo da estrada. O cavalo foi amarrado por uma corda e arrastado por cerca de 760 metros por um carro, até ser jogado em uma vala de difícil acesso.
Durante a primeira perícia, realizada na terça-feira, a veterinária convocada pela polícia enfrentou dificuldades para avaliar o corpo devido às condições do terreno.